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Responsável pelos Mistérios Aquáticos ele é um ser singular na Umbanda, sendo o tipo de Guia que mais trabalha a favor do Orixá regente.
Essa entidade foi em sua última vida alguém que realmente trabalhava no mar, como: capitão, marinheiro, marujo, navegador, pessoa de população ribeirinha, pescador, canoeiro, pirata, entre outros.
Sua principal singularidade é a energia que utiliza para levar as pessoas à harmonia espiritual, retirando assim todo tipo de bloqueio que elas sofram, – o levando para o fundo do mar – e que as impedem de concluírem objetivos na vida e até mesmo de serem plenamente felizes.
Entenda a grandiosidade desse trabalho ao se deparar com os principais males da humanidade sendo gerados por falta de autoconfiança, autoconhecimento e amor-próprio. E isso não se trata de uma filosofia, e sim de problemas de saúde que começam a serem gerados no psicológico quando há abalos emocionais.
O Marinheiro da Umbanda é o que faz essa retirada das energias negativas do homem, procurando de qualquer maneira uma forma de sepultá-las para sempre. Seu passe é uma verdadeira sessão de descarrego, onde o diálogo acontece de forma prática e direta, porém muito acolhedora.
É importante apontar que para esse Guia chegar a exercer suas atividades, ele precisa de muito preparo pois no mar ele tem que aprender a lidar com a energia de praticamente todos os Orixás para encontrarem estabilidade, ou seja, são as forças naturais presentes naquele ambiente que devem ser respeitadas para o alcance de equilíbrio, estão dentre elas: os tufões de Iansã, as correntes marinhas de Ogum, os raios de Xangô, os bancos de areia de Omulu e a calmaria de Oxalá por exemplo.
Eles trabalham na Linha de Iemanjá ou de Omulu (com Iemanjá), isso distingue um grupo do outro embora ambos possuam influência total da energia da Rainha do Mar. Por estarem ambos no Trono da Geração, os Marinheiros de Iemanjá (que é pólo positivo e irradia energia, da calunga grande: o Oceano) levam essas boas vibrações aos seus filhos, distribuindo assim o amor da Mãe das Águas para todos aqueles que necessitam de seu amparo.
Já os Marinheiros que estão sob serventia de Omulu (que é pólo negativo, absorve energia , calunga pequena: o cemitério), trabalham na absorção da energia negativa e principalmente na travessia tranquila do espírito para o Reino dos Mortos.
A vibração que eles trazem ao terreiro é de grande comemoração e alegria. Costumam ser muito agitados e brincalhões e têm uma característica bem interessante: assim que chegam ficam cambaleando, como se estivessem bêbados. Essa situação confunde muito as pessoas que não conhecem seus “trejeitos”, pois esse desiquilíbrio não possui relação alguma com bebida, e sim com o balanço do mar. Eles entram para o trabalho totalmente envoltos nas ondas da energia de Iemanjá e é por isso que ocorre a tontura e desiquilíbrio inicial.
Para encontrar o equilíbrio necessário, o médium que fez a incorporação precisa consumir bebida alcoólica, preferencialmente a cerveja no caso dos Marinheiros. Ela ajuda a manter a sua estabilidade e principalmente, protege o corpo físico da pessoa que incorpora, já que naturalmente produzimos álcool em nosso organismo que auxilia na queima de caloria, na liberação de energia. Quando ocorre a incorporação, a entidade puxa muito álcool e para se manter saudável o médium precisa repor o que é consumido pelo seu Guia.
Esses movimentos também liberam energias ondulares que por sua simples presença já começam a limpeza de tudo que é negativo no local, são das águas que a vida surge, ela é carregada de emoção e sentimentos de aconchego e motivação. Portanto, a limpeza espiritual em uma Gira de Marinheiro parte justamente das emoções das pessoas que ali estão, ela age diretamente na essência do que causa a dor e angústia.
É muito fácil receber um passe e aconselhamento dos Marinheiros, eles são muito acolhedores e atendem com um espírito repleto de alegria, essa sensação transborda deles e envolve completamente quem os conhecem. Suas linguagens são simples e possuem grande apego e simbologias referentes à suas vidas nos mares. É muito comum também notar Marinheiros com sotaques de outros países, pois grande número deles são pessoas que viveram na Europa por exemplo, principalmente em Portugal.
Zé do Mar
João da Marina
João Canoeiro
Seu Jangadeiro
Zé dos Remos
Marinheiro das Sete Praias
Antônio das Águas
Capitão dos Mares
Martim Pescador
entre outros.
Segunda-feira e sexta-feira. O seu dia comemora-se em 13 de dezembro.
Branco e azul claro.
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